segunda-feira, setembro 08, 2003

universo de um rosto

no limiar
do teu lábio
existe o líquido
para o precipício
de um universo de leite
enquanto falas com o baton
na estrela de um segredo
que queima
o gelo encarnado
e encardido no meu rosto
enquanto contamos aos amigos
mentiras sobre as palavras
e os versos luminosos
existe um límpido perfil
de silêncio em novelos
e pedras eléctricas
que vão chovendo
nas noites
das melodias engrenadas
a escrita de andorinha
não termina
nem quando o corpo deixa
de ser sozinho no prado
nas colheitas do estio

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