Em cada dia há um segundo que se manifesta tranquilo num castelo de células, o quotidiano do leite em crescimento. No nascimento da flora sentimental, um pulsão animal guarda o destino que recebe em mandamento difícil do coração. Como uma classificação preliminar da alma que se pretende acrescentar ao dorso rebuliço do sol, todos temos o sémen da clorofila nas palavras do gelo. Somos frágeis como as flores que o vento grita, uma relva crepuscular de crianças é a ebulição carnívora da nossa alegria.
No suor do fogo nascem emergências, benignas e plásticas, algas transparentes de sangue que transfiguram os vidros da vida. Uma lava simples substitui-se à memória branca da tranquilidade multicolor. As estações do tempo tentacular preenchem inicialmente a flecha inocente das sementes, e alimentamo-nos do manto níquel de fome nos olhos coloridos.
Caminhando na estrada simples vamos sendo o sexo dos sentimentos, a tranquila temperatura transmitida pelos nossos pais amnióticos. Entretanto, há uma segurança de fumaça fugidia que avistamos nas nuvens cinzentas das montanhas, uma chuva que se aproxima em flocos de palavras surdas, visualizamos o não sentido, visualizamos um hidrato de carbono mecânico da nossa inteligência húmida. Sentimos que podemos futuramente sentar o corpo numa cadeira de pelo em fúria e apagar as frases entretanto menos escritas, assumindo mais um pouco de feridas descritas na inteligência explosiva.
domingo, outubro 11, 2009
sábado, agosto 29, 2009
Espaço com Quadro
sentei-me
na ponta da fila de cadeiras
estava o centro do espaço quadrado
uma calma universal
dos oceanos
caminhava no meio
do ruído das meias palavras
encontrei-me
com o teu perfume de praia
estavas
tu eu e tudo
na palma dessa música
um quadro vasto
em quinze minutos
de um espaço quadrado
quero voltar
ao abraço desta cor sentada
e
veloz
levantei-me
na procura do som
da tua pele com ondas
aqui tudo é belo
aqui tudo tem a cor verde
aqui tudo vem som
afinal
encontrei-me
no som da relva
no vento nas tuas vertigens
aqui
na ponta da fila de cadeiras
estava o centro do espaço quadrado
uma calma universal
dos oceanos
caminhava no meio
do ruído das meias palavras
encontrei-me
com o teu perfume de praia
estavas
tu eu e tudo
na palma dessa música
um quadro vasto
em quinze minutos
de um espaço quadrado
quero voltar
ao abraço desta cor sentada
e
veloz
levantei-me
na procura do som
da tua pele com ondas
aqui tudo é belo
aqui tudo tem a cor verde
aqui tudo vem som
afinal
encontrei-me
no som da relva
no vento nas tuas vertigens
aqui
sexta-feira, maio 29, 2009
vento de vertigens
copo
a tua boca
cinco estrelas (luminosas)
tal como te tinha dito
já
cabelos
desde algum tempo
teias de vento
corpo
de pedras vertiginosas
cinco telas de absinto
abertas
velas
sobre o teu
corpo de estrelas
vinco de seda
alertas
telas luminosas
vento de
telas vertigens
a tua boca
cinco estrelas (luminosas)
tal como te tinha dito
já
cabelos
desde algum tempo
teias de vento
corpo
de pedras vertiginosas
cinco telas de absinto
abertas
velas
sobre o teu
corpo de estrelas
vinco de seda
alertas
telas luminosas
vento de
telas vertigens
Subscrever:
Mensagens (Atom)