capri azulemente
é aqui a porta funicular para
o que se acaba no pensamento
capri
há um fim da escrita na pluma
o lápis pálido do mar é infinito no corpo
português
por isso sinto
a cor
qualquer bandeira
qualquer parte de lábio
nas margaridas limpas
num papiro de pele
aqui
encontro na subida da falésia luminosa
e fácil tentacular
o fim
de alguma viagem
o princípio do início capri
há um leite infinito
que lembra temperatura
corpos que procuram
aqui capri
vejo o lazuri fresco e sinto
o planeta assustado dos poetas
um vento virgem assola
as mãos vazias
líquidas lusas
e lembrei-me do teu primeiro
olhar havia flores de memória
uma margem que arejava
nos beijos
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