domingo, junho 13, 2004

A Lealdade da Lingerie

Deixo de ser até onde a lâmina termina, depois vem o tempo no vento do teu corpo. E acorda-me novamente.

Assimilo as sementes das flores pálidas que desenham os grafitis.

Volto a encontrar-te num condor de uma gôndola que permeia o quente lento. Continua esse comportamento estranho nos pássaros que me satisfaz.

Todas as mulheres do mundo vivem num perfume que segrega na tua pele húmida. Sinto esse cheiro quando te toco nas cinzas.

Um sumo de melodia transparece no grito do dia translúcido.

E os poetas que ninguém conhece continuam a olhar esse voo anormal das nuvens, a escutar o pólen da inquietude nos gatos intranquilos .

Por vezes, a lingerie que se encontra na nudez da noite é a alma mais humana, no mundo das coisas inertes.

Aprecio cantar essa lealdade animal sobreposta à materia dos objectos.


1 comentário:

Unknown disse...

Vous avez un blog très agréable et je l'aime, je vais placer un lien de retour à lui dans un de mon blogs qui égale votre contenu. Il peut prendre quelques jours mais je ferai besure pour poster un nouveau commentaire avec le lien arrière.

Merci pour est un bon blogger.