terça-feira, julho 06, 2004

As árvores de Sofia

Não compreendo a lágrima que se transporta numa barca pelas ruas da Graça. Quando Sofia tem ainda livros por escrever com os dedos do algodão nas nuvens.

Só faz sentido chorar quem nada fez na aduela da vida ... como choramos a parte que não alcançamos de nós próprios.

Ainda não toquei no perfume que me inibe a tranquilidade.

Sofia é como os livros e os livros são como Sofia, fazem parte de um armário onde apreciamos florir com os sonhos imortais.

Não há lágrimas de acuçar que alimentem os nenúfares esfomeados da leitura, uma sede transparente penetra-se entre os versos da descoberta.

A poetiza não desapareceu ... faz parte do principal cristal do verso.

Uma fotografia num jornal confirma a perpertuidade das árvores que nascem nas páginas de alguns livros.


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