sábado, dezembro 27, 2003

A viagem na ferocidade musical do felatio


A nós que ainda estamos vivos, todas nos mamam, por isso ainda gostamos de viajar no rio das pérolas sobre o lábio, para se construir rapidamente as ondas do oceano.

Às vezes esquecemo-nos que os livros são a pele seca e crepuscular do homem, e que as páginas são erguidas nas pontes para a maresia.

Mas a verdadeira melodia do mar encontra-se na calçada onde os cabelos tocam no sexo, e escrevem uma viagem com os dedos das flores.

A fúria nasce na calçada das cabeças herbáceas e movimentadas. E as árvores nascem luminosas na praia dos lábios.

Tentamos encontrar a ferocidade demográfica do desejo, mas somos diminuidos pela fome plasmática que o coração bombeia.

Mas deixamos lentamente de sentir os espinhos que a morte do sol implantou sobre os lençois. E como apreciamos o som lírio dos pulmões.

Viajamos para nos separarmos da humidade da terra e tocarmos na névoa das nuvens, para podermos encontrar a invisibilidade das mullheres.

Elas são a ferocidade do algodão no felatio. Elas deixam as árvores conversar no looping transversal do corpo.


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