Porque o meu nome é Clorofila
O meu nome é Clorofila porque finalmente.
Porque acabei de beber a cerveja no inferno de Rimbaud. Porque finalmente sou permeável à chuva dos sentidos do suor.
Porque finalmente percebi que só há um único poeta, porque não há pedras de poética com páginas arco-íris de pessoas.
Um mundo de máquina aromática permeia a osmose entre o vivo e o morto. Há que deixar de ser para explicar o nome Clorofila.
O meu nome é Clorofila porque agora também vejo a vibração inócua no coração dos átomos.
Vejo as sementes eléctricas que fazem a paz no teu peito. É triste ver um sorriso branco de um abismo de algas. A mosca do destino não te larga.
O meu nome é Clorofila porque finalmente.
Porque a timidez da colheita é uma lenta tontura, a colheita de um sentimento de giz colorido, acordar uma límpida lápide na foz de leite.
A alegria arsénica é a morte muda da vida. Há que viver e poder morrer para ter o poder de extrudir a Clorofila.
O meu nome é Clorofila porque finalmente. Porque finalmente posso fumar o teu corpo escondido entre o plástico do amor.
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