domingo, novembro 30, 2003

Nunca


Eu nunca te vi, apenas te olhei.

Porque é que há noites e não Dias com o teu nome? Pensava que eram os teus olhos que podiam responder a todas as facas adormecidas.

Pensava que os segredos dos sinos se podiam sepultar para sempre no som do sexo. Porque é que o porquê há-de ter um porque?

Eu nunca te pensei, apenas te senti.

Porque é que quando os corpos se tocam com nevoeiros, há sombras brancas que são plantas em crescimento?

Pensava que entre mim e ti havia uma mapa delineado num óleo, alguma pintura tentacular. Porque é que não há uma vertigem que escreva uma qualquer história de desespero?

Eu nunca te falei, apenas te amei.


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