A voz void
O vermelho, o verde. As flores do iceberg da descoberta.
A noz da nuvem quebra-se na leitura da voz. A voz do void, que tinha sinas nas mãos do oceano.
O grito dissimina-se em arcos de névoa, entre panos e hastes. Estrelas com luz murcha, mortas de brilho vulcânico. Sózinhas com sementes de almas soltas.
Falta o sémen de aço de Afonso, nas gretas da cortiça. O vinho da resina acusa a melodia do tempo, rugas, os anos. A espada de sangue que beija as cebolas húmidas do tempo.
Um esqueleto de fumo, nasce ainda nas colinas da saudade. A alegre temperança do soldado.
A imagem da montanha azul, desfaz-se numa terra de duas cidades. Depois de limpas as mocidades, as urtigas do rastro da falésia. São árvores indesejadas, pedras de água, em vapor.
Fazem-se as sombras das ondas, no planalto manso da bandeira. Cruzes e quinas aladas, perseguem almas perturbadas, pela glória, a noz da letargia, as sombras dos sumos marítimos.
Restam os Cantos, os dez sumos lacrados. Num caixão de papel.
A voz nutrida da noz lusa, em pedaços doces de memória.
Sem comentários:
Enviar um comentário